terça-feira, 26 de outubro de 2010

Debate com pipoca.


Sábado passado, aconteceu no Hall Café da Alfamídia a primeira edição do Alfamídia Debate. O encontro reuniu alunos, estagiários, jovens publicitários e amigos para uma intensa e produtiva troca ideias sobre a vida dura do estagiário. Fábio Bernardi, vice-presidente de Criação da Paim Comunicação, foi inteligente, sincero e bem-humorado. Quem veio fez a gente jurar que vamos realizar outros encontros no mesmo formato: debate com pipoca, no Hall Café da Alfamídia. Vai rolar.    


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O violão mais caro do mundo.


A United quebra o violão de um passageiro, durante um determinado voo. O cara reclama, manda trocentos e-mails para companhia. As usual (até lá) ninguém dá importância para o cliente. A raiva do cara virou hit e mais de 20 milhões de pessoas souberam do affair. Erik Qualman contou o case, durante a sua palestra no FIC – Fórum de Internet Corporativa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Morre um admirável provocador.


Foi lá por meados de 74, durante um dos muitos papos-cabeça, regados à quantidades industriais de cerveja e Steinhäger, que alguém falou num psiquiatra paulista chamado José Ângelo Gaiarsa. Comprei o livro Respiração e Angústia “do psiquiatra muito louco que dá porrada no establishment” (era assim que nós nos referíamos a qualquer coisa vigente). Devorei Respiração e Angústia num fim de semana, desta vez, regado chá. Durante meses, carreguei o livro numa bolsa de lona, surrada e suja. Reli Respiração e Angústia dezenas de vezes. Encontrei no livro muitas respostas e incontáveis novas perguntas. Infelizmente, não conheci o doutor Gaiarsa. Li todos os seus livros. Assisti alguns dos seus programas na tv em que dava consultas, ao vivo, a telespectadores. Dê-lhe porrada no “estabelecimento”. Gaiarsa morreu, dia 16, aos 90 anos. Clique aqui para acessar a sua bibliografia. Recomendo. Prepare um bom chá, sente confortavelmente e leia Gaiarsa. Será um chá com porradas (não pude evitar o trocadilho).     


O Provocador e Leda Nagle.


Semana passada, fui convidado para participar do Programa Sem Censura. Dia 28, estarei com a jornalista Leda Nagle, no estúdio da TV Brasil, no Rio de Janeiro. Não estou nervoso. Juro. É que, geralmente, os meus prováveis 15 bilhões de neuronios só se manifestam depois. Fico nervoso quando termino a palestra, a entrevista, a apresentação de um determinado projeto, a reunião importante. Quando termina a função, os meus neurônios afrouxam as minhas pernas, molham as minhas mãos e secam a minha boca. Portanto, até o dia da gravação, estarei excitado. Excitadíssimo. Este convite vai me proporcionar o prazer de ficar a poucos metros, talvez, a uns poucos centímetros de Leda Nagle. E, desta distância mínima e inefável, vou ouvir a sua voz grave, delicada, provocadora. A mais bonita da televisão brasileira. Antes, terei que me concentrar. Depois, me acalmar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Palestra e troca de ideias na Liberato.

Ontem, à noite, fiz palestra para professores e alunos dos cursos Técnicos de Contabilidade, Administração e Informática da Escola Municipal Liberato Salzano Vieira da Cunha. Se foi tão bom pra vocês, como foi pra mim, então, o encontro foi um sucesso. Obrigado, professora Angélica Kafrouni pelo convite e à galera da Liberato pela troca de ideias.

Me and Mr. Qualman.

Hoje, conheci Erik Qualman, o guru das estatísticas de web e autor do livro “Socialnomics - How Social Media Transforms The Way We Live And Do” (Editora John Wiley Trade). Erik está em Porto Alegre e ministrou a palestra Socialnomics, na primeira parte do 6º FIC – Fórum de Internet Corporativa, hoje pela manhã. Equalman, como é conhecido no Twitter, tem 38 anos e podia ser meio-de-rede de um time de vôlei (o cara deve ter uns 2,10m). Conversamos depois da coletiva de imprensa e fiquei com uma boa impressão do gringo. Ultimamente, Erik viaja pelo mundo, pregando o poder demiúrgico dos habitantes das redes sociais. Ele, por exemlo, acha impossível uma marca não estar nas redes sociais. Apesar do tom ligeiramente fundamentalista do papo, gostei de conhecer Mr. Qualman.    

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Alfamídia Extreme.


O estande da Alfamídia, na 13ª edição do Animextreme, neste final de semana, foi visitado por góticos, emos, punks, grunges e cavaleiros do zodíaco. Todos em busca de capacitação profissional. Todos interessados em ingressar no mercado de trabalho. Todos querendo crescer profissionalmente. O Provocador da Alfamídia foi lá para ouvir a galera. Foi punk (no bom sentido).     

A Lei do Estágio pegou mesmo?


Tudo pronto para o Alfamídia Debate. Sábado, (23/10), das 15 às 17 horas, no Auditório da Alfamídia. Saiba mais sobre Fábio Bernardi, nosso convidado especial: 19 anos de mercado. Trabalhou como redator nas agências Produart, Nova Forma, DCS, DM9, Upper e Paim, onde foi premiado em diversos prêmios publicitários regionais e nacionais, como Salão da Propaganda, Prêmio Colunistas, Prêmio Abril de Publicidade, Voto Popular/About e Profissionais do Ano da Rede Globo. Em 1998 atuou com Nizan Guanaes na primeira campanha de reeleição do Brasil, para Fernando Henrique Cardoso. Em 2001 foi Vice-Presidente de Marketing do Sport Club Internacional e em 2003 recebeu o Top de Marketing da ADVB pelo Case "A Casa das 7 Mulheres". Em 2004 coordenou a campanha de José Fogaça a Prefeitura de Porto Alegre e foi indicado a Publicitário do Ano pelo Conselho de Anunciantes da ARP. Em 2005 recebeu o “Prêmio Renato Móttola – Reconhecimento A Quem Faz” como representante do Meio Publicitário em defesa do consumidor. Em 2008, coordenou a vitoriosa campanha da reeleição do prefeito José Fogaça. Desde 2007 é Diretor de Criação da Paim Comunicação e tornou-se Vice-Presidente de Criatividade da agência em 2009, ano em que a Paim foi a terceira agência mais premiada do Brasil no Prêmio Voto Popular/About e Agência do Ano pelo Salão da Propaganda/RS, fato que se repeitu em 2010 no Prêmio Colunistas/RS.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Alfamídia Debate: a vida dura do estagiário.

Convidamos Fábio Bernardi, um dos profissionais de Criação mais premiados do nosso mercado, para participar do primeiro Alfamídia Debate. Fábio estará, no Auditório da Alfamídia, dia 23, sábado, das 15 às 17 horas, para conversar com a galera sobre a vida dura do (a) estagiário (a) de agência de propaganda. Não vai ter palestra, power-point, apresentação de case, projeção de comerciais, o de sempre. Dia 23, você vai poder falar o que pensa e sente em relação ao estágio e à vida dura do estagiário. Mas, se você quiser só ouvir, tudo bem, será muito bem-vindo (a). O Alfamídia Debate será sempre democrático, aberto, plural e, claro, provocador.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Da Série Ensino Formol: A análise do casal Toffler.


O Ensino Formol não surgiu por acaso. Ele é obra de um segmento da sociedade interessado na criação de uma força de trabalho com características muito específicas. Veja como o casal Toffler conta a história do Ensino Formol. Clique aqui para assistir a palestra.

domingo, 10 de outubro de 2010

Da Série Ensino Formol: "Escolas matam a criatividade?" (Partes 1 e 2)

"É preciso tornar a educação mais pessoal, em vez de linear. A vida não é linear. Embora isso seja difícil, não há outra alternativa. Se quisermos encorajar as pessoas a pensar, temos que encorajá-las a ser aventureiras e a não ter medo de cometer erros. Ao longo da vida, os indivíduos vão se tornando mais conscientes e constrangidos e ficam com medo de cometer erros, porque passam por situações em que dão respostas erradas, se sentem estúpidos e não gostam deste sentimento. É preciso criar uma atmosfera, tanto na escola quanto no trabalho, em que não há problema em estar errado." Ken Robinson é inglês, professor e consultor e consultor de governos europeus. Assista a palestra de Ken ministrada no TED - Technology, Entertainment, Design. (Parte 1 Parte 2)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eu participava de reuniões de pais e mestres.


Participei de muitas reuniões de pais e mestres, nas escolas em que meus filhos estudaram. Em quase todas, armei barracos memoráveis. Para desespero dos mestres e desconforto dos pais, eu era um pai presente. Pior, eu era um pai participativo. As reuniões eram sempre previsíveis. De um lado, pais e mães focados na posição da escola no ranking das instituições que mais aprovavam no vestibular. De outro, educadores visivelmente interessados na manutenção dos níveis de satisfação da clientela (digo, dos pais) da empresa (digo, da escola). A programação era sempre a mesma: primeiro, éramos submetidos a longos e rebuscados relatos sobre os métodos pedagógicos da escola. Era a hora do show do educador. Como não há fé sem ritual, os mestres dos nossos filhos iam fundo no pedagogês. Esta parte era sempre punk. Depois, vinha a fatura. Uma pormenorizada exposição das razões pelas quais o valor das mensalidades deveria ser reajustado.
Quando estavámos quase nocauteados, alguém da diretoria nos concedia a palavra. Além de mim, poucos levantavam o braço. Muitos saíam, quando chegava a minha vez. Tentei provocar bons debates sobre a qualidade, atualidade e utilidade do conteúdo enfiado goela abaixo dos nossos filhos. Levei referências (Sommerhill e outras instituições inovadoras), citei Rubem Alves e Edgar Morin. Sugeri a realização de encontros de pais, mestres e filhos nos quais tentaríamos produzir pensamento novo e inovação. Não rolou. Joguei a toalha. 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Conversa rápida sobre a alienação da galera anos 80.


Marmanjos e marmanjas da geração anos 50 consideram a galera anos 80 alienada. Não concordo. Eles me trazem uma prova: “esse pessoal não lê”. Concordo. Profetizo: “e, se a escola continuar enfiando goela abaixo da garotada José de Alencar, Eça de Queiroz, Aluísio de Azevedo, Euclides da Cunha, Machado de Assis e outras pedreiras do gênero, ela corre o risco de nunca descobrir o prazer da leitura”. Eles me desafiam: “mas os clássicos caem no vestibular.” Pergunto: “vocês se referem ao quiz show idiiotizante ao qual submetemos nossos filhos?” Eles se empertigam: “é o único caminho.” Informo: “conheço muitos únicos caminhos”.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Verdade absoluta é um porre.


Os jovens pensam, sim. E falam, se nós – adultos- experientes-detentores-do-saber – não os calarmos com nossas verdades absolutas. Verdade absoluta é um porre. Certezas atravancam. Experiência pode ser um pente, no bolso de um careca. “A vida me ensinou” cheira a sofisma. A experiência da velha guarda merece ser respeitada pela garotada. Pode ser útil e facilitadora. No diálogo (do grego, logos – significado da palavra – dia – através de), os jovens (qualquer um, independente da idade) sabe ouvir, considerar e, quem sabe, aproveitar o que é dito. Na discussão (do latim, dis – separação – quatere – sacudir. Ou seja, discutir significa sacudir algo para separá-lo), não rola (com ninguém, independente da idade). Seguidamente, os jovens me falam de conflitos e discussões com pais e mães aflitos. A escolha da profissão é um tema recorrente. Os pais querem (muitas vezes, exigem) o melhor (do ponto de vista deles, claro) para os seus filhos. Não rola.

“A família atual está muito longe de ser o melhor lugar do mundo para o desenvolvimento dos seres humanos”, afirma José Ângelo Gaiarsa, 90 anos, médico (formado pela USP – Universidade de São Paulo) e especializado em psiquiatria pela Associação de Medicina de São Paulo. Recomendo a quem tem ou pretende ter filhos a leitura de José Ângelo Gaiarsa. Os seus livros são inquietantes, desafiadores e polêmicos. Podem ser inspiradores para os que não colecionam certezas.

Sugestão deste Provocador:
"A família de que se fala e a família de que se sofre - O livro negro da família, do amor e do sexo" - Dr. José Ângelo Gaiarsa (Editora Ágora)  


O meu filho é gay?

Carlos tem 19 anos. Os pais são médicos. Carlos fez vestibular para Medicina. Passou. No 4º semestre, jogou a toalha, abandonou o curso. “Eu não era feliz.” Carlos não sabe (nesta idade, raramente se sabe) o que quer fazer. Sabe que não é Medicina. Os velhos ainda não engoliram a sua decisão. Pressão. Ele tem que escolher logo outra profissão. "Uma tão séria, honrada e importante, como a Medicina." Carlos sempre se interessou por Design. Há dois meses, descobriu a faculdade de Design de Moda. Foi atrás dos detalhes. Curtiu. Dia desses, jantando com o pai e a mãe, deu a notícia: “Vou fazer vestibular para Design de Moda.” Silêncio. O pai não sabe o que é Design de Moda, muito menos, o que faz um Designer de Moda. A mãe mais ou menos, mas não esconde a contrariedade. O rosto do pai fica rubro. Dele, sai uma onda vermelha (como na cena do filme O Iluminado). A onde  inunda a sala de jantar. Enquanto isso, efeminados desfilam na cabeça do pai. O filho é um deles. Então, saltam da boca uma pergunta aflita e um grão de arroz: “meu filho, tu é gay?”. Corta. 

Especialmente para pais e mães cujas listas de “profissões sérias, honradas e importantes” precisam ser urgentemente atualizadas, aqui vão alguns dados bastante elucidativos:

O Designer de Moda:
Profissional que usa suas habilidades, imaginação e criação gráfica para a confecção de modelos nas mais diversas áreas: roupas, acessórios, decoração, etc. Esses profissionais mantém suas experiências pessoais como referências que agregam valor as suas criações e interferências nos processos criativos ou produtivos, a partir da junção de conceitos, gostos, sensibilidade, tendências, conhecimentos, embasamentos científicos e muita técnica.

O mercado de trabalho:
Há grande crescimento de mercado para profissionais de design de moda, uma vez que a demanda por produtos relacionados ao mundo da moda cresceu progressivamente nos últimos anos. Atualmente, como o profissional não atua somente na produção de roupas, a procura para se ter um designer de moda é cada vez maior. Apesar da concorrência acentuada, um designer pode facilmente se destacar dos outros profissionais pela criatividade.

Outros dados:
Faturamento estimado da cadeia têxtil e de confecção: US$ 34,6 bilhões.
Exportações: US$ 2,4 bilhões.
Posição do Brasil no ranking mundial: 6º lugar
Número de empresas do setor: 30 mil
Empregos gerados: 1,65 milhão

Sugestão deste Provocador:
Be cool, Daddy!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Festa da Democracia.

Eu também fui na Festa da Democracia. Só não foi pior, a dita Festa, porque tinha mais mulher do que homem (68,5 milhões). No mais, muita pobreza (67,5 milhões ganham, no máximo, até 2 salários mínimos), ignorância (49% fizeram, no máximo, até o curso fundamental), sujeira (vide as ruas das suas cidades) e enganação (os institutos de pesquisa se enganaram).